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sexta-feira

Candidato forte para próxima eleição, CGADB expulsa pastor Samuel Câmara.

"Ditadura?" 08:43

Nesta quinta-feira, 23 de maio, a mesa diretora da CGADB (Convenção Geral das Assembléias de Deus do Brasil) decidiu por expulsar o pastor Samuel Câmara da convenção, que é a maior e mais conhecida dentre as ligadas à Assembléia de Deus.

A decisão do desligamento aconteceu devido a acusação de que Câmara e outros três pastores teriam quebrado o decoro durante a reunião da Assembléia Geral Extraordinária que aconteceu entre os dias 6 e 8 de Junho de 2012 em Alagoas. Na ocasião vários pastores ligados a Samuel realizaram um protesto no evento devido a acusações de irregularidades na AGE, depois disso a Assembléia Geral chegou a ser anulada na justiça após um pedido da Convenção Fraternal do Estado do Espírito Santo.

O requerimento que culminou no desligamento compulsório do líder da igreja-mãe das Assembléias de Deus foi impetrado pelo pastor Davidson Viera da Silva, que é alinhado com o recem reeleito presidente da CGADB, José Wellington, o qual a vários anos disputa contra Samuel Câmara a liderança da Convenção. Além do pastor paraense, os pastores Sóstenes Apolos e Jônatas Câmara também respondiam ao processo, mas não foram julgados por apresentarem um atestado médico. Já Ivan Bastos, por ter sido recentemente eleito para a mesa diretora, também será julgado, mas apenas em uma futura Assembléia Geral Ordinária.

A mesa diretora, formada por 10 pastores da CGADB, decidiu por 7 votos contra 3 pelo desligamento de Samuel Câmara. Os três votos a favor do pastor foram dos pastores Antonio Dionísio, Jonas Francisco de Paula e Ivan Bastos. Após ser comunicado da decisão, o pastor Samuel Câmara divulgou uma nota oficial onde classificou o ato como “rito sumário como nas piores ditaduras” e afirmou que “fica caracterizada a perseguição política e a determinação de tirar do caminho e atropelar qualquer um que levante a sua voz contra os desmandos da administração que há 25 anos comanda a CGADB”, criticou.

Câmara também afirma que foi um ato de “arbitrariedade” pois, segundo ele, o Regimento Interno da CGADB ”não prevê esse tipo de sanção para a acusação de quebra de decoro alegada contra mim e os demais pastores já mencionados” e por isso avisou que irá recorrer da decisão. Confira a nota oficial completa:

Ao arrepio do Estatuto e do Regimento Interno, que não prevê esse tipo de sanção para a acusação de quebra de decoro alegada contra mim e os demais pastores já mencionados, a Mesa Diretora acaba de deliberar pelo meu desligamento da CGADB por sete votos a três. Votaram contra a decisão os pastores Antonio Dionísio, Jonas Francisco de Paula e Ivan Bastos.

Os processos contra o pastor Sóstenes Apolos e Jônatas Câmara foram temporariamente suspensos porque ambos justificaram a sua ausência por razões de ordem médica. Já o pastor Ivan Bastos só pode ser julgado, neste caso, pela AGO por pertencer à Mesa Diretora da CGADB.

Infelizmente optaram, mais uma vez, por cometer uma arbitrariedade. Rito sumário como nas piores ditaduras. Fica caracterizada a perseguição política e a determinação de tirar do caminho e atropelar qualquer um que levante a sua voz contra os desmandos da administração que há 25 anos comanda a CGADB.

Diante desta atitude arbitrária, repito o nosso lema: “Porque Deus não nos deu um espírito de temor, mas de fortaleza, e de amor e de moderação”, 1 Timóteo 1.7.

Vamos recorrer da decisão, com tranquilidade. Eles buscam promover mais uma cisão. Nós buscamos a unidade assembleiana. Insistimos que nos cubram com as suas orações.

Convenções do Sul pedem unidade na Assembléia de Deus
No dia 20 de maio, antes do julgamento, a UMADERSUL (União dos Ministros das Assembleias de Deus da Região Sul do Brasil) divulgou um manifesto onde pediu a “unidade entre a mesa diretora da CGADB e os seus membros e entre estes com as convenções estaduais e regionais e seus membros”. Na carta a União pediu orações para que os membros da mesa diretora “não se precipitem” em desligar ou tomar medidas disciplinares contra os pastores.

“Há o perigo iminente de que sejam desligados compulsória e injustamente membros da CGADB, que são pastores com uma história relevante de trabalho na obra do Senhor, somente pelo fato de os mesmos terem interpretado a vontade de Deus com um pensamento diferente daqueles esposados pela Mesa Diretora”, diz o manifesto que fala abertamente sobre retaliação “que é uma atitude anti-cristã e extremamente prejudicial à unidade da Assembleia de Deus no Brasil”.

No manifesto, assinado por três pastores representantes dos três estados do sul, é feito um pedido “a Mesa Diretora e o próprio Presidente da CGADB, sua Reverendíssima, Pastor José Wellington Bezerra da Costa, como líder maior de nossa Assembleia de Deus no Brasil, que não se permita ser considerado incoerente com suas próprias palavras, pois o mesmo pediu a unidade de nossa denominação no país”, diz. O texto completo do manifesto está no site da Convenção das Igrejas Evangélicas Assembléia de Deus no Estado do Paraná.


Enquanto o imbróglio não é resolvido, o pastor Samuel Câmara não é mais membro da CGADB e por isso não pode participar dos eventos da mesma e tão pouco voltar a concorrer para a cargo de presidente da convenção.

quarta-feira

As Setenta Semanas de Daniel


Entre todas as profecias, da Bíblia, as Setenta Semanas de Daniel merecem destaque especial. Nelas contém um enigma relacionado ao passado, ao presente e ao futuro. Sem ela era impossível desvendar a Escatologia Bíblica.

A compreensão destas semanas é indispensável para quem pretende entender a Escatologia Bíblica.

Daniel 9 v 24 – 27: “Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo e sobre a tua santa cidade, para extinguir a transgressão, e dar fim aos pecados, e expiar a iniqüidade, e trazer a justiça eterna, e selar a visão e profecia, e ungir o Santo dos santos. Sabe e entende: desde a saída da ordem para restaurar e para edificar Jerusalém, até ao Messias, o Príncipe, sete semanas e sessenta e duas semanas: as ruas e as tranqueiras se reedificarão, mas em tempos angustiosos.

E, depois das sessenta e duas semanas, será tirado o Messias e não será mais; e o povo do príncipe, que há de vir, destruirá a cidade e o santuário, e o seu fim será com uma inundação; e até ao fim haverá guerra; estão determinadas assolações. E ele firmará um concerto com muitos por uma semana; e na metade da semana, fará cessar o sacrifício e a oferta de manjares; e sobre as asas das abominações virá o assolador, e isso até a consumação; e o que estar determinado será derramado sobre o assolador.”

1.1. UMA DAS CAUSAS MAIS IMPORTANTES DAS SETENTA SEMANAS DE DANIEL
Um dos mais rigorosos mandamentos da lei era a guarda do ano Sabático (Levt 25 v 1 – 7). Este mandamento implica em que os filhos de Israel teriam que trabalhar seis anos consecutivos, e não trabalhar no sétimo. Durante os doze meses do sétimo ano eles não poderiam trabalhar lavrando a terra. Mas teriam descansá-la por um ano completo.

Mas os hebreus desprezaram este mandamento muito cedo. Desde a sua monarquia até a sua dispersão, a qual deu um período 490 anos, eles não guardaram este importante mandamento. E trabalharam lavrando a terra todos os anos.

Se Deus fosse homem, Ele iria fazer a conta: “Mas quantos anos sabáticos os hebreus me deve mesmo?! Eles trabalharam 490 anos consecutivos.

E 490 divididos por 7 são igual 70. Haá eles deve-me 70 anos!” Mas, como Deus, é Deus, Ele já tachou: ao trabalhar 490 anos eles trabalharam durante os meus 70 anos sabáticos!

Deus como é justo.

E para descansar a terra Deus apreendeu os judeus por 70 anos na Babilônia (2º Cron 36 v 21; Jer 25 v 11, 12; 29 v 10).

1.2. A INTERCESSÃO DE DANIEL
O profeta Daniel lendo e estudando o Livro do profeta Jeremias (Dan 9 v 2), entendeu que os judeus iriam ficar escravizados na Babilônia por setenta anos.

E estava vencendo os setenta anos, e nada estava acontecendo para que eles pudessem ser livres daquela terrível escravidão. Então o profeta começou a orar e a jejuar para que Deus viesse a libertar o seu povo. E Daniel quis saber também como seria o futuro da sua nação (Dan 9 v 3 – 19).

E a sua interseção durou vinte e um dias. E por três semanas Daniel orou e jejuou (Dan 10 v 2 – 21).

No mesmo momento que Daniel que começou a orar, Deus lhe deu a resposta. Mas um demônio detém o anjo que traria a, respectiva, resposta. Mas ele continuou a orar r a jejuar, então o Senhor envia outro anjo forte para ajudá-lo. Em fim a sua resposta chega até as suas mãos (Dan 10 v 11 – 14). O anjo que Deus enviara é o anjo Gabriel. E com respeito à escravidão, já estava se findado. Mas, além dos 70 anos da escravidão, Deus tinha mais sete semanas para os judeus (7 x 7 = 490). Que são igual 490 anos.

1.3. O OBJETIVO DAS SETENTA SEMANAS DE DANIEL
Na escravidão Babilônica, Deus acerta com os judeus os Setenta anos Sabáticos, para descansar a terra. Mais ainda faltavam os 490 anos que eles viveram irregular com o Todo Poderoso.

Portanto, ainda lhes faltavam 490 anos, para que o Senhor viesse a cumprir com as maiores bênçãos para os salvos.

Semanas do hebraico que dizer, tão somente, sete. E não obviamente, sete dias (Gên 29 v 27; Levt 24 v 8). E quanto a estas semanas são também de anos:

“Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo e sobre a tua santa cidade, para extinguir a transgressão, e dar fim aos pecados, e expiar a iniqüidade, e trazer a justiça eterna, e selar a visão e profecia, e ungir o Santo dos santos” (Dan 9 v 24).

E o objetivo destas semanas é que no final delas seis (6) fatores importantes irão acontecer:
a) Para extinguir a transgressão,
b) E dar fim aos pecados,
c) E expiar a iniquidade,
d) E trazer a justiça eterna,
e) E selar a visão e profecia,
f) E ungir o Santo dos santos.

Somente no Milênio pode dar inicio ao cumprimento destas imensuráveis bençãos.

1.4. DIVISÕES DAS 70 SEMANAS, OU DOS 490 ANOS
As setenta semanas de Daniel são divididas em três etapas. A saber: “Sete Semanas, Sessenta e duas Semanas e uma Semana”.

1.4.1. Sete Semanas: “Sabe e entende: desde a saída da ordem para restaurar e para edificar Jerusalém, até ao Messias, o Príncipe, sete semanas” (Dan 9 v 25). Sete semanas são iguais: 7 x 7 = 49. Esta parte refere-se a um período de 49 anos que iniciou em 14 de março 445 a.C. com a “saída da ordem para restaurar e para edificar Jerusalém” (Neem 2 v 4 – 9); e estendeu até a inauguração da edificação de Jerusalém.

1.4.2. Sessenta e duas Semanas: “E sessenta e duas semanas”. Sessenta e duas semanas são iguais: 62 x 7 = 434. E fala a respeito do período que iniciou na com inauguração de Jerusalém e se estendeu até por volta do ano 30 – 33 d.C. na época do batismo de Jesus, que aproximadamente, 434 anos.

1.4.3. Sete semanas e sessenta e duas semanas: “Sete semanas” são iguais: 7 x 7 = 49. Um período de 49 anos. Mais “sessenta e duas semanas” são iguais 62 x 7 = 434. É um período que duraram 434 anos. Unindo os dois períodos, usando a linguagem “anos”, temos: 49 anos, mais 434 anos que é igual a 483 anos (49 + 434 = 483).

Justamente nesta época os judeus não receberam a Jesus, mas mandou crucificá-lo (João 1 11, 12); faltando 7 anos para os 490 anos. Usando o linguajar “Semanas”, temos: 7 semanas, mais 62 semanas, que são iguais a 69 semanas (7 + 62 = 69); mas nesta época “Cristo veio para o que era seu, e os seus não o receberam” (João 1 v 11, 12). Então o Senhor fora aos gentios, e eles o recebeu, com isso nasceu à igreja, faltando uma semana para as 70 semanas.

1.4.4. Uma Semana: ”E ele firmará um concerto com muitos por uma semana” [Dan 9 v 27 (a)]. Eis aqui a semana, ou os sete anos que faltavam. Esta semana é dividida em dois períodos. Como os judeus quebraram a Aliança com o Salvador, Ele fez uma Aliança com Igreja. Assim o Deus parou de tratar com os judeus faltando esta semana, ou sete anos. Então, quando Cristo Arrebatar a sua igreja, ou melhor, quando não haver mais a igreja na terra, Deus volta a tratar com os judeus. Como só falta esta semana para eles, portanto, após a tirada a igreja da terra inicia esta semana, a Septuagésima Semana de Daniel, a qual se trata da Grade Tribulação.

Semana que é dividida em duas partes, ou dois períodos (Dan 9 v 27). O primeiro período se chama “O Tempo da Falsa Paz”, que durarão acerca de três anos e meio. E o segundo período é denominado: “O Tempo da Grande Tribulação, ou Aflição”, que também durarão aproximadamente três anos e meio.

O termo "semana", referindo-se a um período de sete anos, era comum entre os judeus. Tal termo vem da ordem de Deus em Levítico 25:1-7 para cultivar um campo durante seis anos, permitindo que o mesmo descansasse no sétimo ano. Esse período de sete anos ficou conhecido como "semana de anos". Portanto, setenta semanas são 490 anos.

Nas profecias do livro de Daniel, esses 490 anos se subdividem em tres partes: sete semanas de anos (49 anos), sessenta e duas semanas de anos (434 anos) e uma semana de anos (7 anos).

O ponto de partida para o cálculo das setenta semanas é o decreto emitido pelo rei medo-persa Artaxerxes em 14 de março de 445 AC, autorizando a reconstrução de Jerusalém. Neste ponto, convém deter-nos para argumentar porque cremos que as semanas devem ser contadas a partir de 445 AC.

No ano 538 AC, o rei Ciro, após conquistar a Babilônia, expede um decreto a favor do povo de Israel. Esse decreto de Ciro é destinado ao retorno dos judeus à terra natal para reconstruir o Templo e restituir os utensílios sagrados pertencentes a ele (Esdras 1:1-8, Esdras 5:13-14).

Anos depois, em 520 AC, em função de um pedido de ajuda provindo de Jerusalém, Dario I, confirma a mesma ordem dada anteriormente por Ciro (Esdras 6:1-13).

Mais de 70 anos depois, em 457 AC, o rei Artaxerxes I emite um decreto, registrado em Esdras 7:11-23, objetivando ajudar no funcionamento do Templo em Jerusalém.

Esse primeiro decreto de Artaxerxes foi dado pessoalmente a Esdras (Esdras 7:11). Todas essas ordens citadas até aqui se referem ao Templo e ao seu funcionamento.

Por último, em 445 AC, o mesmo Artaxerxes I dá uma ordem a Neemias para a reedificação da cidade de Jerusalém e de seus muros (Neemias 2:1-9). É interessante notar que, até essa última ordem dada a Neemias, Jerusalém ainda não havia sido reedificada e ainda estava em ruínas (Neemias 2:5).

Então, as 3 primeiras ordens foram expedidas por Ciro, Dario e Artaxerxes, respectivamente, em relação ao Templo e ao funcionamento das cerimônias relacionadas a ele. No entanto, a cidade só começou a ser plenamente reedificada a partir do decreto dado a Neemias em 445 AC. A profecia das setenta semanas se inicia "...Desde a saída da ordem para restaurar, e para edificar a Jerusalém..." (Daniel 9:25). Logo, cremos que as setenta semanas devem ser contadas a partir de 445 AC.

Então, entendemos que o primeiro período vai de 445 AC até 396 AC, tempo que durou a reconstrução (49 anos). O segundo período perfaz 483, somando-se os 49 anos das sete primeiras semanas e os 434 das sessenta e duas semanas que antecederam a morte do Ungido (Jesus).

Esses dados, levando em consideração a dedução entre 1 AC e 1 DC, onde há somente um ano, o ano lunar judeu, que tem apenas 360 dias, os anos bissextos durante o período, que acrescentam mais 119 dias no cálculo e o desconto da pequena diferença que existe entre o calendário juliano e o ano solar (1/128 de diferença), nos revelam um número de 173.880 dias, entre a primeira e sexagésima nona semanas.

AS SEMANAS JÁ CUMPRIDAS
De acordo com o que explicaremos depois, cremos que 69 das 70 semanas já se cumpriram. A última semana, um período de sete anos, ainda se cumprirá e esse período é denominado tribulação, do qual faz parte a grande tribulação, a partir da metade da última semana e que durará tres anos e meio.

O que é mais interessante de perceber, quando analisamos as primeiras 69 semanas de Daniel, é que o profeta, divinamente inspirado, forneceu detalhes e dados tão específicos que tornaram possível o conhecimento do tempo em que Jesus nasceria e exerceria seu ministério na Terra...

Quando vemos a história do nascimento de Jesus, observamos que aqueles que se apresentaram diante do recém-nascido e o reconheceram como Rei, não foram líderes religiosos judeus, nem escribas, nem os sábios e doutores da lei, que liam e estudavam as Escrituras constantemente.

Aqueles que perceberam a proximidade do nascimento do Messias e viajaram milhares de quilômetros com o objetivo de visitar o Salvador do mundo, eram “magos” vindos do Oriente.

Como isso pôde acontecer, já que os judeus tinham um acesso direto e constante às Escrituras e os magos viviam a milhares de quilômetros da terra prometida?

A resposta é simples: nos séculos que antecederam o nascimento de Jesus, até mesmo por uma influência das idéias helenizantes, os líderes judeus começaram a defender duas posições errôneas.

Em primeiro lugar, ensinavam que as Escrituras não deveriam ser interpretadas literalmente, pois não eram totalmente inspiradas por Deus e, consequentemente, continham erros.

Em segundo lugar, tendiam a espiritualizar as profecias expressas nas Escrituras. Logo, as profecias de Daniel eram metaforizadas e a interpretação de todos os dados literais do livro de Daniel foi, paulatinamente, sendo desprezada. Após várias décadas, essa interpretação ficou solidificada.

Quando Jesus nasceu, os líderes religiosos judeus não perceberam tão grande acontecimento, que tinha sido profetizado profusamente nas Escrituras e que, de acordo com as setenta semanas de Daniel, poderia ser calculado.

Esse cálculo foi feito pelos magos do Oriente. É preciso lembrar que Daniel fora considerado no Oriente (tanto na Babilônia, quanto na Pérsia) o maior de todos os sábios. Toda sorte de magos, prognosticadores e sábios do Oriente, tinha o maior respeito por Daniel, pois ele, como instrumento do Senhor, salvou suas vidas de uma morte iminente (Daniel 2:1-19). Apesar desse enorme respeito, o mais provável é que esses sábios do Oriente não tenham abandonado suas práticas pagãs e politeístas.

Contudo, a fama de Daniel, como grande sábio, ficou na memória e nos arquivos do Oriente. Os magos que visitaram Jesus recém-nascido, sem dúvidas, ouviram falar dos grandes feitos de Daniel na Babilônia e na Pérsia, e possuíam cópias de suas revelações e profecias, entre elas a profecia das setenta semanas. Quando a estrela apareceu no céu, eles sabiam que estava na época da profecia se cumprir, já que possuíam a revelação concernente às setenta semanas e sabiam aproximadamente o período em que o Messias haveria de nascer.

Todas essas constatações nos deixam uma importante lição: as profecias bíblicas não podem ser totalmente metaforizadas nem os dados existentes nessas profecias, principalmente anos, meses, dias e períodos, podem cair no terreno da espiritualização ou alegorização.

Devido a uma visão semelhante, os líderes judeus da época do nascimento do Messias não perceberam esse glorioso evento e, consequentemente, não aceitaram Jesus como o Messias prometido. Apesar de lerem as Escrituras, eles não conheceram o tempo de sua visitação. Jesus, ao referir-se ao povo de Jerusalém, lamentou e disse:

"... Pois dias virão sobre ti, em que os teus inimigos te cercarão de trincheiras, e te sitiarão, e te esteitarão de todos os lados; e te derrubarão, a ti e aos teus filhos que dentro de ti estiverem, e não deixarão em ti pedra sobre pedra, pois que não conheceste o tempo da tua visitação" (Lucas 19:43-44).

As profecias bíblicas expressam todo o cuidado de Deus em situar-nos dentro dos acontecimentos. Para isso temos dados importantíssimos que não podemos desprezar ou alegorizar.

Muitas das revelações contidas no livro de Daniel referem-se “ao tempo do fim”. Devemos analisar os dados oferecidos nessas e outras profecias bíblicas de forma literal e estarmos atentos a todos os acontecimentos internacionais, pois na seqüência deles poderemos observar o cumprimento real e literal das profecias bíblicas!

A ÚLTIMA SEMANA



O DISPENSACIONALISMO TRADICIONAL baseia-se principalmente na revelação das setenta semanas de Daniel para sustentar suas afirmações.

Apesar de não sermos dispensacionalistas tradicionais, concordamos com alguns postulados desse modelo, no que se refere à interpretação de Daniel 9: 24-26:

1. O período existente entre as semanas 69 e 70
2. O cumprimento total da última semana no fim da presente era (volta de Jesus)
3. A identificação do "príncipe que há de vir" com o anticristo
4. A futura reconstrução do Templo em Jerusalém e sua profanação na metade da última semana

No entanto, discordamos que o período compreendido entre as semanas 69 e 70 constituam unicamente “a era da Igreja”. Analisemos a passagem em questão:

"Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo, e sobre a tua santa cidade, para cessar a transgressão, e para dar fim aos pecados, e para expiar a iniquidade, e trazer a justiça eterna, e selar a visão e a profecia, e para ungir o Santíssimo" (Daniel 9:24)

O dispensacionalismo tradicional defende que o foco principal dessa profecia é Israel (o povo de Daniel, os judeus). Logo, argumentam que a totalidade das setenta semanas é concernente a Israel e Jerusalém.

Ao mesmo tempo, os dispensacionalistas tradicionais inferem que o período entre a semana 69 e a semana 70, não se refere a Israel. Isso fortalece a idéia de que Deus só tratou profeticamente com Israel até o término da semana 69 (crucificação de Cristo) e só voltará a atuar em relação a Israel na semana 70 (última semana).

O espaço existente entre as semanas 69 e 70, seria um vácuo ocupado exclusivamente pela Igreja. A partir do momento em que Deus estaria tratando específicamente com a Igreja nesse período intermediário e voltaria a tratar com Israel só após o começo da última semana (tribulação), isso implicaria num arrebatamento pré-tribulacional, já que a Igreja não estaria profeticamente envolvida na última semana.

Apesar de concordar que o foco principal da profecia em questão é o povo judeu e Jerusalém, nós não podemos concordar de forma alguma que Deus deixou de tratar com Israel durante o período compreendido entre a 69 e 70 semanas.

As evidências de que Deus continua tratando profeticamente com Israel são notórias em nossa época... Se fôssemos levar em consideração somente o contexto de Daniel 9:24-26, há duas profecias que se cumpriram sobre o povo de Israel após a semana 69:

1. A crucificação de Cristo ocorreu 5 dias depois do término da semana 69
2. A destruição de Jerusalem ocorreu 37 anos após o término da semana 69

Lembremos que Daniel estava falando que a profecia era concernente ao “seu povo” e à cidade de Jerusalém. Sem dúvidas, a destruição de Jerusalém e do Templo em 70 DC, está atrelada a Jerusalém e ao povo de Daniel. Jesus confirmou essa realidade em Lucas 19:41-44. Muitos dispensacionalistas tenderiam a concordar que o retorno dos judeus a Israel e o renascimento da nação em 1948 é cumprimento de profecias bíblicas. Consequentemente, não há base bíblica para afirmar que Deus não está tratando com Israel no espaço compreendido entre as semanas 69 e 70.

Fica claro também que não há suficiente base para colocar a última semana numa seqüência imediata à de número 69, e associar a última semana, numa visão preterista, ao ministério de Jesus durante sua primeira vinda, pois sua crucificação ocorreu 5 dias após o término da semana 69 e o fim dos sacrifícios profetizado por Daniel ocorre na metade da semana 70, ou seja, tres anos e meio após o começo da semana 70.

Outro fato interessante é que a profecia de Daniel 9:25 não indica que a atuação de Deus com Israel está restrita a 70 semanas. Indica apenas que a profecia em questão está determinada, abrangendo um tempo e acontecimentos específicos.

A palavra hebraica usada para "determinada" é chathak. Essa palavra traz a idéia de divisão, determinação, decreto e demarcação. Na profecia de Daniel, ela é usada para dar-nos a idéia de um período de tempo predeterminado. O propósito da profecia é claro: mostrar as implicações e acontecimentos em função da primeira e segunda vinda de Cristo. São acontecimentos que não podem ser mudados, pois fazem parte da palavra profética e do plano de salvação de Deus para o mundo.

Jesus, logo no começo de seu sermão profético no Monte das Oliveiras, disse que não ficaria pedra sobre pedra do Templo de Jerusalém (Mateus 24:1-2). Daniel, no capítulo 9 e versículo 25, revela que "o povo do príncipe que há de vir" destruiria a cidade e o santuário. Posteriormente, o Mestre citou Daniel ao falar da abominação da desolação no santo lugar. Em Daniel 9:27, o profeta declara que na metade da semana, cessará o sacrifício e a oferta de manjares e que sobre as asas das abominações viria "o assolador", até que a destruição determinada se derramasse sobre ele. Isso indica que o Templo, destruido em 70 d.C., voltará a ser erguido.

Alguém poderá perguntar: se a profecia das setenta semanas fala sobre um tempo e acontecimentos determinados, porque o espaço existente entre as semanas 69 e 70 não foi também fixado e determinado? Jesus nós dá a explicação em Mateus 24:14:

"E este evangelho do reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as nações, e então virá o fim"

Em Mateus 28:18-20, Jesus comissionou seus discípulos a pregarem o evangelho a todas as nações, ensinando todas as coisas que tinham vivido e aprendido. No versículo de Mateus 24:14, o Mestre esclarece que o fim não virá até que uma condição seja realizada: a pregação do evangelho a nível mundial.

Essa profecia tem se cumprido ao longo da história da Igreja, porém não se pode determinar em anos ou meses quando todas as nações ouvirão o testemunho do evangelho ou quando o evangelho atingirá todas as nações e etnias.

Cremos que estamos próximos a isso, porém não há como datar tal acontecimento. Consequentemente, o "vácuo" existente entre as semanas 69 e 70 centraliza-se nessa questão.

A pregação mundial do evangelho é algo que compete à Igreja, é uma responsabilidade nossa diante de uma ordem de Jesus. Não há como fixar uma data para determinar quando todas as nações ouvirão as boas novas, já que essa realidade depende também da ação da Igreja.

Também devemos considerar os efeitos que os acontecimentos profetizados nas setenta semanas geraram, geram e gerarão em todo o mundo. Esses efeitos transcendem a duração das semanas.

Seis promessas são mencionadas na profecia de Daniel: o fim da transgressão, o fim dos pecados, a expiação da iniquidade, a vinda da justiça eterna, o selo da visão e da profecia e a unção do Santíssimo.

As primeiras tres promessas ocorreram simultaneamente à crucificação de Jesus, que ocorreu após a semana 69. Duas dessas tres promessas (cessação da transgressão e fim dos pecados) só serão plenamente concretizadas em função da vinda gloriosa de Jesus e suas maravilhosas conseqüências sobre a raça humana. As outras tres promessas se concretizarão no Reino de Jesus, após a última semana (não durante ela).

Cremos que o dispensacionalismo tradicional tem errado ao afirmar que a atuação de Deus com Israel está limitada às setenta semanas.

Também tem errado em insinuar que Deus não atuaria com a Igreja ao mesmo tempo em que o faz com a nação israelense. Desses princípios, nasceu a idéia de que a Igreja precisaria ser retirada da Terra para que a profecia se cumprisse exclusivamente em relação à nação israelense nos últimos tempos.

Fica mais do que notório, de acordo com tudo o que temos visto, que Deus continua atuando com Israel, mesmo no espaço existente entre as semanas 69 e 70 (pregação do evangelho). Consequentemente, é óbvio que Deus pode atuar profeticamente com Israel e com a Igreja ao mesmo tempo, pois assim Ele o tem feito durante a história nos últimos séculos!

O FUTURISMO DA ÚLTIMA SEMANA
Respeitando a posição preterista (a qual sustenta que a última semana veio imediatamente depois da 69 e, consequentemente, já se cumpriu) e meio-semanista (a qual sustenta que apenas a metade da última semana teve seu cumprimento, através do ministério de Jesus até o momento de sua crucificação), vão aí algumas das razões pelas quais entendemos que a semana n° 70 se concretizará num futuro muito próximo:

1. Cremos que a semana 69 teve seu fim em 32 d.C. Consequentemente, a cessação dos sacrifícios e da oblação, não pode ser atrelada à metade da semana 70, que cairia em 35 DC, aproximadamente.

2. Jesus não firmou um firme acordo com muitos por um tempo determinado (uma semana ou 7 anos), e sim eternamente. Consequentemente, neste aspecto, não há razões suficientes para atrelar o acordo de Daniel 9:27 a Jesus.

3. Um período de 7 anos anterior à volta de Jesus, é um período que comporta todos os prazos citados nas profecias de Daniel e Apocalipse (1260, 1290, 1335 e 2300 dias).

4. A citação da destruição da cidade e o santuário (70 d.C.), é profetizada cronológicamente antes da cessação do sacrifício e da oblação. Portanto, cronologicamente, tal cessação não pode ter ocorrido antes de 70 d.C.

5. Mesmo após o sacrifício redentor de Jesus, os sacrifícios continuaram sendo oferecidos até 70 d.C (aproximadamente 40 anos após a crucificação). Não houve cessação de sacrifícios e oblações no Templo até 70 d.C.

6. Não há motivos para separar no seu significado "cessação dos sacrifícios e da oblação" de "retirada do holocausto contínuo" (Daniel 9:27, Daniel 11:31).

7. Jesus, em seu sermão profético, relaciona a abominação desoladora (profanação do santuário do Templo) a uma tribulação sem precedentes na história da humanidade (a grande tribulação), que antecederá sua volta. Ele mesmo afirma que logo depois a tribulação daqueles dias (originada pela abominação desoladora), Ele viria (Mateus 24:15-31).

COMO CALCULAR AS SETENTA SEMANAS
Durante a história, muitos se sentiram atraídos e maravilhados diante das revelações contidas no livro de Daniel e, em especial, no tocante às setenta semanas.

Sem dúvidas, Daniel era um homem de Deus e a ele foram revelados fatos marcantes para a humanidade. Conta-se que o famoso gênio Isaac Newton devotava uma atenção especial ao estudo das setenta semanas de Daniel.

Nesse contexto de admiração e estudo, várias pessoas durante a história têm se esmerado em calcular e definir os períodos aos quais as profecias das setenta semanas se referem.

Como já comentamos, sustentamos que das setenta semanas, 69 já foram cumpridas e a última será cumprida em breve, no período conhecido como tribulação. Não queremos ser conclusivos em relação aos cálculos feitos, porém apresentaremos aqueles que mais se aproximam à nossa concepção e estudo das profecias.

O termo "semana" referindo-se a um período de sete anos era comum entre os judeus. Tal termo vem da ordem de Deus em Levítico 25:1-7 para cultivar um campo durante seis anos, permitindo que o mesmo descansasse no sétimo ano.

CALCULANDO AS PRIMEIRAS 69 SEMANAS
O ponto de partida para o cálculo das 70 semanas é um dia: 14 de março de 445 AC. Naquele dia, o rei medo-persa Artaxerxes emitiu um decreto autorizando a reconstrução de Jerusalém. Daniel determina 7 semanas para o período compreendido entre o decreto e a reconstrução de Jerusalém, e assim ocorreu. A reconstrução culminou em 396 AC, exatamente 49 anos (7 semanas) após o decreto de Artaxerxes.

Após a reconstrução de Jerusalem, a profecia determina 62 semanas até a manifestação de Cristo. Quando somamos os anos das sete primeiras semanas e os anos das sessenta e duas semanas seguintes, temos 483 anos (49+434). Transformados em dias, temos 173.880 dias (de acordo com o calendário de 360 dias).

Para chegar a essa quantidade de dias em nosso sistema atual com 365 dias, é preciso levar em consideração algumas variáveis:

a) É preciso deduzir um ano no cálculo, já que no período entre 1 AC e 1 DC, transcorre apenas 1 ano. Quando contamos de 14 de março de 445 AC até 6 de abril de 32 DC, temos 477 anos e 24 dias. Após a dedução de um ano (1 AC – 1 DC), ficam 476 anos e 24 dias, ou 173.764 dias.

b) É preciso adicionar 119 dias referentes aos anos bissextos durante o período estudado. Basta dividir 476 por 4. Após esse cálculo, ficam 173.883 dias.

c) Existe uma pequena imprecisão do calendário juliano quando o mesmo é comparado ao calendário solar. O Observatório Real de Londres calcula que um ano juliano é 1/128 dias mais longo que o ano judaico solar. Quando se multiplica 476 por 1/128, se obtém o resultado de 3. Subtraindo 3 ao valor anterior (173.883), vamos obter 173.880 dias.

Portanto, existem, de acordo com os cálculos feitos, 173.880 dias entre o decreto de Artaxerxes e a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, quando foi proclamado Rei pela multidão, dias antes de sua crucificação. Este dia cai, de acordo com os cálculos feitos, em 6 de abril de 32 d.C.

Os dados obtidos com as revelações bíblicas citadas acima, permitem situar-nos dentro dos últimos acontecimentos. Nossos cálculos não são infalíveis e são passíveis de erros.

Porém, a revelação pormenorizada de tantos detalhes proféticos nos mostra, mais uma vez, o cuidado de Deus em nos revelar aquilo que precisamos saber, para que não estejamos em trevas.

Como membros do corpo de Cristo, devemos estar preparados para viver esses dias que se aproximam, sejamos protegidos da tribulação ou inseridos nela para testemunho e martírio. Que em nossos corações haja um crescente anelo pela volta gloriosa de Jesus, como Rei e Senhor!

As setenta semanas é o prazo que Deus dá para…:
- Fazer cessar a transgressão
- Dar fim aos pecados
- Expiar a iniqüidade
- Trazer a justiça eterna
- Selar a visão e a profecia
- Ungir o Santo dos Santos

Portanto, ao iniciar o serviço sacerdotal no Templo que será reconstruído, faltará apenas 7 anos (uma semana) para que se cumpra cada um destes itens acima. Porém, esta ultima semana é cheia de detalhes.

Para compreende-la precisamos dos livros de Daniel, Apocalipse, Mateus 24 e 25, I Tessalonicenses 4 e 5; II Tessalonicenses 2; ainda Malaquias, Zacarias, Isaías e outros se quisermos mais compreenção.

| Autor: Jânio Santos de Oliveira | Divulgação: estudosgospel.com.br |

A Verdade Sobre o Armagedom e o Oriente Médio



No decorrer da história inúmeras batalhas, campanhas e guerras foram travadas por toda a terra. Algumas foram limitadas em abrangência, outras foram globais. Exércitos lutaram por causa de terra e líderes, amor e lealdade, por causas que foram justas e, na maioria das vezes, injustas. A dor, o sofrimento e a morte causados por estes conflitos e pelos que vivenciamos hoje não podem ser calculados.

A Bíblia nos diz que o futuro também será cheio de guerras. Existe um grande conflito profético que tem chamado a atenção de crentes e incrédulos no decorrer dos séculos – Armagedom. Esta batalha é profetizada como o acontecimento mais catastrófico e devastador da história humana. Quer as pessoas acreditem que acontecerá ou não, elas logo se identificam com a magnitude do seu simbolismo. Isso é comentado direta e indiretamente na literatura, no cinema, na propaganda, nos debates políticos, sermões e comentários culturais. Parece que todo mundo tem alguma noção ou idéia a respeito. Algumas das idéias são bíblicas, muitas não.

Só há um lugar onde se pode encontrar informações precisas sobre Armagedom – a Bíblia. Nas suas páginas proféticas lemos não só sobre Armagedom, mas também sobre os eventos que antecedem e seguem essa guerra final da história humana. Apesar de não termos todos os detalhes de Armagedom, recebemos um panorama geral dos planos de Deus para o futuro.

Por que a Bíblia fala de Armagedom? Porque essa batalha afirma a soberania de Deus sobre a história e nos lembra que há um propósito e plano divino que não será frustrado. Um dia Deus acertará todas as contas, julgará todo mal e estabelecerá um reino universal de justiça. A esperança dos crentes no decorrer dos séculos será realizada com a Segunda Vinda de Jesus Cristo e a derrota daqueles que se opuseram a Ele em Armagedom. É por causa dessa esperança que estudamos as profecias, esperando o cumprimento das promessas de Deus.

O Que a Bíblia Diz Sobre Armagedom?
Lemos sobre Armagedom em Daniel 11.40-45; Joel 3.9-17; Zacarias 14.1-3; Apocalipse 16.14-16. Essa grande batalha acontecerá nos últimos dias da Tribulação. João nos fala que os reis do mundo se reunirão "...para a peleja do grande dia do Deus Todo-Poderoso. ...no lugar que em hebraico se chama Armagedom" (Apocalipse 16.14,16). O local da reunião dos exércitos é a planície de Esdraelom, ao redor da colina chamada Megido, que fica no norte de Israel, a cerca de 32 quilômetros a sudeste de Haifa.

Segundo a Bíblia, grandes exércitos do Oriente e do Ocidente se reunirão nessa planície. O Anticristo reagirá a ameaças ao seu poder provenientes do sul. Ele também tentará destruir a Babilônia restabelecida no leste antes de finalmente voltar suas forças contra Jerusalém. (Durante centenas de anos a Babilônia, localizada no atual Iraque, foi uma das cidades mais importantes do mundo. Segundo Apocalipse 14.8; 16.9; e 17-18, ela será reconstruída novamente nos últimos dias como uma cidade religiosa, social, política e economicamente poderosa). Enquanto o Anticristo e seus exércitos atacarem Jerusalém, Deus intervirá e Jesus Cristo voltará. O Senhor destruirá os exércitos, capturará o Anticristo e o Falso Profeta e os lançará no lago de fogo (Apocalipse 19.11-21).

Quando o Senhor voltar, o poder e o governo do Anticristo terminarão. O Dr. Charles Dyer escreve sobre esse evento:

Daniel, Joel, Zacarias identificam Jerusalém como o local onde a batalha final entre o Anticristo e Cristo acontecerá. Todos os três prevêem que Deus intervirá na história para salvar Seu povo e destruir o exército do Anticristo em Jerusalém. Zacarias prevê que a batalha terminará quando o Messias voltar à terra e Seus pés tocarem o Monte das Oliveiras. Essa batalha termina com a Segunda Vinda de Jesus à terra... A batalha termina antes mesmo de começar.

A batalha de Armagedom – na verdade em Jerusalém – será o combate mais anticlimático da história. À medida em que João descreve os exércitos reunidos de ambos os lados, esperamos testemunhar um conflito épico entre o bem e o mal. Mas não importa quão poderoso alguém seja na terra, tal indivíduo não é páreo para o poder de Deus.

O conflito de Armagedom será uma batalha real?
A profecia de Armagedom não é uma alegoria literária ou um mito. Armagedom será um evento real de proporções trágicas para aqueles que desafiam a Deus. Será uma reunião de forças militares reais no Oriente Médio, numa das terras mais disputadas de todos os tempos – uma terra que nunca conheceu paz duradoura. Armagedom será também uma batalha espiritual entre as forças do bem e as do mal. Ela terá o seu desfecho com a intervenção divina e o retorno de Jesus Cristo.

| Autor: Thomas Ice e Timothy Demynbsp; | Divulgação: estudosgospel.com.br

O Governo do Anticristo



INTRODUÇÃO
Quando o Senhor Jesus veio a este mundo, há cerca de dois mil anos, o cenário político, social e religioso estava preparado. Deus havia guiado a história até àquele sublime momento em que o Verbo se fez carne (Jo 1.14). O apóstolo Paulo chamou este momento de “plenitude dos tempos” (Gl 4.4). Com o advento do anticristo não será diferente, pois, como o mundo jaz no maligno (I Jo 5.19), este está preparando a plataforma do governo do príncipe que há de vir (Dn 9.27).

I - O CONTEXTO HISTÓRICO-PROFÉTICO
A vinda do anticristo não ocorrerá sem sinais que antecedam tal fato. Além das profecias alusivas a este personagem contidas no Antigo Testamento, especialmente no livro do profeta Daniel (Dn 7-11), o apóstolo Paulo, na sua segunda carta aos tessalonicenses, faz menção de alguns fatos precursores da manifestação deste homem:

1.1 O mistério da injustiça (II Ts 2.7).
Trata-se de atividades secretas desempenhadas pelos poderes malignos, e que estão em grande evidência nos dias de hoje. Tais atividades estão conduzindo a sociedade ao escárnio e à zombaria até que se chegue ao extremo da rejeição aos princípios bíblicos. Por causa dessa iniquidade crescente, Jesus afirmou que o amor de muitos esfriaria (Mt 24.10-12). A maldade já chegou a tal ponto que os seres humanos estão, em muitos aspectos, comportando-se como animais irracionais (II Pe 2.12; Jd 10). Essa maldade caracterizará o governo do pior ditador de todos os tempos.

1.2 A apostasia (II Ts 2.3).
Palavra grega que significa desvio, afastamento ou abandono. Observando-se o contexto atual, podemos destacar alguns tipos de apostasias causadas pela atuação do espírito do anticristo, que está preparando o cenário mundial para o aparecimento propriamente dito. Vejamos:

1.2.1 Apostasia Teológica. Trata-se do desvio total ou parcial dos ensinos de Cristo e dos apóstolos, ou a rejeição de tais ensinamentos (I Tm 4.1; II Tm 4.3). Vemos tal realidade nos dias atuais, quando os falsos ensinadores transmitem evangelhos voltados aos interesses humanos, sem mencionarem as exigências de Cristo para se ter uma verdadeira comunhão com Deus e alcançar a salvação (II Pe 2.1-3, 12-19).

1.2.2 Apostasia Moral. Diz respeito ao abandono da comunhão que a salvação em Cristo proporciona. Não apenas o abandono, mas o envolvimento declarado com o pecado e a imoralidade. O mais grave é que alguns chegam a ensinar corretamente a sã doutrina, mas vivem desordenadamente do ponto de vista moral (Mt 23.24,25). A imoralidade também caracterizará o governo do anticristo, pois ele será o homem do pecado, o filho da perdição e a personificação da iniquidade (II Ts 2.3,7).

A questão da apostasia é tão séria, que algumas igrejas locais já permitem quase tudo para terem muitos membros, dinheiro, sucesso e prestígio (I Tm 4.1). O evangelho da cruz, com o desafio de sofrer por Cristo (Fp 1.29), de renunciar todo o pecado (Rm 8.13), de sacrificar-se pelo reino de Deus e de renunciar a si mesmo é algo raro nos dias hodiernos (Mt 24.12; II Tm 3.1-5).

1.3 “O que agora resiste” (II Ts 2.7).
Um dos eventos que determinará o advento do anticristo será a saída de alguém ou de algo que impede o “mistério da injustiça” e o “homem do pecado”. O que o detém é sem dúvida uma referência ao Espírito Santo, pois somente Ele tem poder para deter a iniquidade. A expressão “o que o detém” (II Ts 2.6) possui uma construção gramatical interessante, pois combina um artigo definido masculino e um artigo definido neutro. Essa mesma construção é aplicável à palavra Espírito na língua grega (Jo 16.8). A ação do Espírito, restringindo o pecado pode ser vista claramente nas Escrituras (I Co 3.16; 6.19; Gl 5.17). Com a sua saída, ou com a cessação da sua inibição quanto ao anticristo, a manifestação do homem do pecado terá livre trânsito e uma influência enganadora terá lugar em todo o mundo (II Ts 2.11).

II - QUEM É O ANTICRISTO?
Ele é descrito em Ap 13.1-8 como a Besta que emerge do mar. Quando o Dragão se põe em pé sobre a areia do mar (Ap 12.18), João vê aquilo que representa o tipo de governo mais severo, mais forte e mais aterrador que já existiu (13.1). Ele reúne o poderio do império grego (Dn 7.6, conf. Ap 13.2a), do império medo-persa (Dn 7.5 conf. Ap 13.2b) e do babilônico (Dn 7.4 conf. Ap. 13: 2c). O personagem que estará à frente desse poderoso governo mundial terá o seu poder, seu trono e uma grande autoridade garantida pelo Dragão, que deve ser entendido como uma parceria entre o diabo (v. 3) e os reinos da terra (Ap. 17.12-13).

Naturalmente que o anticristo será um homem comum, nascido de mulher, mas será revestido de um poder satânico, e terá uma capacidade demoníaca extraordinária (Ap 13.2,4), de modo que exercerá poderosa influência sobre a humanidade. Ele é chamado na Bíblia de vários nomes, entre eles analisemos:

- O chifre pequeno (Dn 7.8);
- A Besta (Ap 13.1; 14:9; 15:2; 16:2; 17: 3,11;19:20; 20:10);
- O homem do pecado e filho da perdição (II Ts 2.3);
- O príncipe que há de vir e o assolador (Dn. 9.26,27);
- Rei de Feroz Catadura (Dn 8.23);
- Rei voluntarioso (Dn 11.36);
- O iníquo ( 2 Ts 2.8);
- O abominável da desolação (Mt. 24:15).

III - CARACTERÍSTICAS DO ANTICRISTO
Crê-se que o texto “Não terá respeito aos deuses de seus pais, nem ao desejo de mulheres, nem a qualquer deus, porque sobre tudo se engrandecerá” (Dn 11.37), refere-se ao futuro ditador mundial. Que é o pequeno chifre (Dn 7.8,21-25) e a besta que emerge do mar (Ap 13.1-8). Observemos algumas características deste personagem:

Baseado no texto de Dn 11.37, alguns consideram este personagem um judeu, por causa da frase “…aos (Elohim) deuses de seus pais...” (Em algumas versões, a palavra “deuses” está no singular). Porém, o termo mais comum para descrever o Deus de Israel como o Deus de seus pais é Yahweh, que é uma referência inconfundível ao Deus de Israel;

Mas, é também significativo Daniel ter usado o termo Elohim, pois é um vocábulo que pode ser usado tanto para o Deus verdadeiro como para ídolos, pois é um termo genérico, como a palavra “deus” em português. O texto deseja destacar que ele não apenas desprezará o Deus de Israel, como rejeitará todos os tipos de ídolos, como bem descreve o versículo anterior;

A frase “Não terá respeito….nem ao desejo de mulheres…“, para boa parte dos expositores, em um sentido mais coerente, é que ele poderá ser um homossexual ou um defensor da causa;

Ainda observando os textos bíblicos, podemos chegar à conclusão de que ele será um gênio político, militar, religioso e da oratória (habilidade de falar eloquentemente) (Dn 8.23-25; 11.21; Ap 13.4-8).

IV - O GOVERNO DO ANTICRISTO
A besta ou o anticristo será um personagem de uma habilidade e capacidade desconhecidas até hoje. Será um dos maiores líderes da história, acima de qualquer famoso general ou governante mundial conhecido. Sua sabedoria e capacidade terão elementos sobrenaturais, pois além do poderio bélico, da alta tecnologia e do poder econômico, o governo do anticristo contará com uma inédita atuação diabólica.

- Ele convencerá as massas com seus discursos inflamados (Ap 13.5);
- A Bíblia diz que toda a terra se maravilhará após a besta (Ap 13.3);
- Ele buscará a paz e travará guerras (Dn 9.27; Ap. 6:2);
- Ele certamente aparecerá com a solução para as diversas crises sociais e econômicas que até hoje não foram resolvidas e estabelecerá uma falsa paz (I Ts 5.3; Ap 6.2);
- Durante a Grande Tribulação, o anticristo declarará ser Deus e exigirá adoração, e perseguirá severamente os que permanecerem leais a Cristo (II Ts 2.4; Ap 11.6,7; 13.7);
- Mediante o poder satânico, o anticristo fará grandes sinais e maravilhas a fim de propagar o engano com mais eficiência (II Ts 2.9; Ap 13.3). Quem sabe tais sinais não serão transmitidos ao mundo inteiro via satélite e espalhará ainda mais a sua fama e o reconhecimento de sua autoridade dentre todas as nações?;
- A Bíblia nos diz que esse governo não durará muito tempo, pois o Senhor, que é o Rei dos Reis e Senhor dos Senhores, o Príncipe da Paz virá para estabelecer o seu reino aqui na Terra. Ele destruirá o anticristo pelo assopro da sua boca e pelo esplendor da sua vinda (II Ts 2.8). Jesus Cristo é a pedra que foi cortada sem mão e que esmiuçou o governo satânico (Dn 2.34).

CONCLUSÃO
Do ponto de vista político, social, religioso e moral, o mundo já está preparado para o advento do anticristo, que há de estabelecer um domínio temporário sobre a terra. Somente há um que agora o detém, o Espírito Santo de Deus, que é o mantenedor da Igreja de Cristo, a coluna e a firmeza da verdade (I Tm 3.15). Uma vez que essa Igreja for tirada desse mundo, o anticristo se manifestará, mas será destronado pelo verdadeiro Rei e Senhor de toda a terra (Ap 17.14; 19.16).

REFERÊNCIAS
ALMEIDA, Abraão. Israel, Gogue e o Anticristo. CPAD
GILBERTO, Antônio. O Calendário da Profecia. CPAD
ICE, Thomas e Timothy Demy. A Verdade sobre o Anticristo e seu Reino. Atual Edições.
STANPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD

| Autor: Luciano Santos | Divulgação: estudosgospel.com.br |

O Evangelho do Reino no Império do Mal



I - Introdução
Na época de Faraó, Deus teve um Moisés. Na conquista da terra prometida, Deus tinha um Josué. Quando Acabe reinou, Deus tinha um Elias. Na época de Herodes, Deus tinha um João Batista. Nos períodos do Anticristo e da Grande Tribulação, Deus terá os mártires, os 144 mil, as duas testemunhas e os anjos para proclamarem o Evangelho Eterno. Em resumo: Até chegarmos ao final da história da raça humana, o testemunho de Deus nunca será calado.

II – A PALAVRA DE DEUS APÓS O ARREBATAMENTO:
II Ts 2.2-7 – É certo que, antes do aparecimento do Anticristo e do início da Grande Tribulação, ocorrerá um evento determinante: A saída de alguém ou de algo que “detém”, resiste ou refreia o “mistério da injustiça” e o “homem do pecado”.

Quando este “alguém” ou “algo” for retirado, então começará o período da Grande Tribulação, também denominado “o Dia do Senhor”.

O que agora detém o “homem do pecado” é, sem dúvida, uma referência ao Espírito Santo, pois somente Ele tem poder de deter a iniquidade, deter o homem do pecado e deter a satanás.

Porém, não esqueçamos que o Espírito Santo é Deus. Logo, Ele é onipresente -- Sl 139.7-10 cf At 5.3-4

Desta forma, quando a Bíblia expressa que o Espírito Santo será “RETIRADO”, não significa que Ele será “TIRADO” do mundo, mas quer dizer que, no começo dos sete anos de tribulação, o Espírito do Senhor CESSARÁ SUA INFLUÊNCIA RESTRITIVA À INIQUIDADE E AO SURGIMENTO DO ANTICRISTO. Todas as restrições contra o pecado serão removidas, e então começará a rebelião inspirada por satanás.

Ora, o período da Grande Tribulação não é o final da história da humanidade; temos que chegar até o último versículo do livro do Apocalipse para que a Palavra de Deus se cumpra de forma total.

Por isso, é necessário que vejamos algumas considerações gramaticais da palavra “inspiração” e “inerrância”:

II Tm 3:16 – A expressão “INSPIRADA POR DEUS” significa EXPIRADO, ou seja, SOPRADO PARA FORA.

O que Paulo quer dizer é que toda a Escritura é SOPRADA, EXALADA POR DEUS, ou seja, DEUS É O AUTOR E O CONTEÚDO DAS ESCRITURAS.

A INSPIRAÇÃO da Bíblia significa, literalmente, a influência sobrenatural do Espírito Santo (como um sopro de Deus), enviado aos seus escritores, que foram protegidos pelo Senhor enquanto a escreviam, capacitando-os a receber e transmitir a mensagem divina, a fim de não cometerem qualquer erro. Assim, tornaram-se aptos a reproduzir a fiel palavra que o Senhor estava destinando à raça humana.

Vejamos alguns testemunhos dessa maravilhosa inspiração: Lv 1:1; II Sm 23:1-2; Is 1:2; Jr 1:4; Ez 1:3; Dn 2:19; Hc 2:2; Rm 3:2; II Pe 2:1; Jo 10:35.

OBSERVAÇÃO: Alguns textos da Bíblia são palavras ditas por homens ímpios e até mesmo por Satanás. Nestes casos, as palavras que eles pronunciaram NÃO SÃO INSPIRADAS. No entanto, podemos afirmar que É INSPIRADO O REGISTRO DESTAS PALAVRAS.

Já a expressão “INERRÂNCIA” significa “INFALÍVEL”; “QUE NÃO ERRA”. É uma doutrina segundo a qual a Bíblia Sagrada não contém erros. Ela é, de fato, a infalível Palavra de Deus. Ela é infalível nas informações que nos transmite e nos propósitos que esboça.

O testemunho da Arqueologia e das Ciências afins tem confirmado a inerrância da Bíblia. Tudo o que foi registrado corresponde perfeitamente àquilo que Deus quis que fosse escrito.

Por isso, mesmo que o Espirito Santo cesse Sua influência restritiva à iniquidade e ao surgimento do Anticristo no período da Grande Tribulação, a Bíblia em si não deixará de ser a inspirada e inerrante Palavra de Deus, visto que do Gênesis até o último versículo do livro de Apocalipse, o Livro Santo, obrigatoriamente, tem que se cumprir.

III - HAVERÁ SALVAÇÃO DURANTE A GRANDE TRIBULAÇÃO:
Em vários lugares, muitos fazem este questionamento.

Sim, haverá.

As provas bíblicas são os seguintes versículos: Apc 6.9-11; 7.1-15; 12.17; 15.2; 20.4 cf Jl 2.32.

Em Apc 7.1-8 vemos uma multidão de judeus salvos na terra;

Em Apc 6.9-11 e 7.9-11 vemos uma multidão de gentios salvos, no céu, porém saídos da Terra, após sofrerem o martírio. No meio dessa multidão estarão aqueles que não subiram no arrebatamento da Igreja e, despertados por tal fato, decidiram permanecer fiéis, a despeito de toda e qualquer prova e sofrimento. Sim, haverá salvos durante a Grande Tribulação.

Muitos podem objetar: “COMO PODE HAVER SALVAÇÃO NESSA ÉPOCA, QUANDO A DISPENSAÇÃO DA GRAÇA ESTARÁ FINDA E O ESPÍRITO SANTO JÁ TERÁ ARREBATADO A IGREJA?”

A resposta é: Não devemos ignorar o Plano de Deus através da Bíblia para com o homem que Ele criou.

Observemos: Como o povo se salvava antes da Dispensação da Graça? Como operava o Espírito Santo naquela época?

A resposta: O povo se salvava pela fé no Redentor que havia de vir. Isso era também salvação pela graça, posto que eles também tinham o Evangelho – At 15.11; Ef 1.4; I Pe 1.19-20 comparar Gl 3.8; Hb 4.2.

Dito isto, vejamos os que alcançarão a salvação após o arrebatamento da igreja, ou melhor, no período da Grande Tribulação:
(1) OS MÁRTIRES - Apc 7.1-9 - O capítulo 7 é um interlúdio entre o sexto e o sétimo selos, mostrando os que permanecerão fiéis a Cristo durante a grande tribulação. Esses fiéis de Deus (Apc 6.17) são tanto judeus (Apc 7.3-8), como não-judeus (Apc 7.9, 10, 13-15). Eles aceitam o evangelho eterno proclamado pelo anjo (Apc 14.6).

(2) OS CENTO E QUARENTA E QUATRO MIL - São descritos como servos de Deus (Apc 7.3), provenientes das tribos dos filhos de Israel (Apc 7.4-8). Deus assinalará ou marcará as suas testas para indicar a sua consagração a Ele e que Lhe pertencem (Apc 9.4; Ez 9.1-6; 2 Tm 2.19).

Serem selados por Deus não significa que estejam protegidos da morte física nem do martírio resultante da perseguição por Satanás (Apc 7.14). Estão, no entanto, protegidos do juízo divino direto e da aflição demoníaca (Apc 9.4).

Durante a tribulação, esses fiéis de Israel, judeus tementes a Deus, opor-se-ão à religião do Anticristo. Examinando com sinceridade as Escrituras, eles aceitam a verdade de que Jesus Cristo é o Messias (Dt 4.30,31; Zc 13.8,9). São socorridos por Deus durante os últimos três anos e meio da tribulação, e Satanás não poderá vencê-los (Apc 12.13-16).

Por outro lado, quem de Israel aceitar a religião do Anticristo e rejeitar a verdade bíblica do Messias, será julgado e destruído nos dias da grande tribulação (ver Is 10.21-23; Ez 11.17-21; 20.34-38; Zc 13.8,9).

(3) AS DUAS TESTEMUNHAS – Apc 11.1-7 - Deus enviará duas testemunhas para pregar o evangelho e profetizar a respeito do futuro; terão grande poder sobrenatural (Apc 11.5,6) e exercerão o seu ministério no poder do Espírito. Serão grande ameaça ao Anticristo e a todo o mundo ímpio durante um período de 1260 dias, e neutralizarão os sinais e maravilhas dos profetas da Besta (Apc 13.13,14). As duas testemunhas têm poder como Moisés e Elias (ver Ml 4.5).

(3.1) OLIVEIRAS… CASTIÇAIS - Através desta linguagem, João está dizendo que as duas testemunhas receberão o poder do Espírito Santo para revelarem a luz, a verdade de Deus (ver Zc 4.2-14).

(3.2) A BESTA… AS MATARÁ - As duas testemunhas são mortas porque apresentam a verdade do evangelho e bradam fielmente contra os pecados do povo. Jerusalém é, neste tempo, chamada “Sodoma” por causa da sua imoralidade, e “Egito” devido ao seu mundanismo (v. 8). A besta é o anticristo (cf. 13.1; 14.9,11; 15.2; 16.2; 17.3,13; 19.20; 20.10) ou o “homem do pecado” (2 Ts 2.3-10). Note-se que as duas testemunhas não podiam ser mortas até completarem a sua obra. Assim é o caso de todos os servos de Deus que permanecem fiéis a Ele.

(3.3) NÃO ESTÃO CONTAMINADOS COM MULHERES, PORQUE SÃO VIRGENS – Apc 14.4 - Esta expressão tem sentido espiritual. Os 144.000 permaneceram puros, recusando-se a se conformar com o sistema mundial ímpio, ou a pertencer à igreja apóstata dos últimos dias (Apc 17.1)
A expressão “PORQUE SÃO VIRGENS” não dá a entender que o casamento seja desonrado por Deus (I tm 3.1-5; 4.3; Hb 13.4), mas que eles guardaram aquela íntima e santa comunhão com Deus da qual Paulo fala, usando o mesmo símbolo – II Cor 11.2

Da mesma maneira, a figura da fornicação é empregada para descrever os infiéis a Deus – Apc 17.1-5

Desta forma, podemos notar o caráter dos que estarão perto de Cristo, no céu:
(A) Estão separados do mundo e da igreja apóstata; dedicam-se a Cristo (Apc 14.4);
(B) Seguem a Cristo (cf. Mc 8.34; Jo 14.21);
(C) Não falam mentira (Apc 14.5; cf. Apc 21.27-22.15).
(D) São moralmente inculpáveis, isto é, viviam em santificação.

(4) O EVANGELHO ETERNO – Apc 14.6-9 cf Mt 24.14; At 14.17 - Durante a segunda metade da tribulação, o evangelho de Cristo será proclamado por um anjo (ou anjos) ao mundo inteiro, advertindo-o com clareza e poder. É um alerta à humanidade para temer a Deus, dar-lhe glória e adorá-lo, e não ao Anticristo.

É denominado de “O EVANGELHO ETERNO”, visto que foi planejado desde a eternidade, é permanente e de efeitos eternos.

Este Evangelho, pregado nesta época da Grande Tribulação e imediatamente antes do julgamento das nações descritas em Mt 25:31-46, é o mesmo Evangelho ensinado por Jesus, porque NÃO HÁ OUTRO EVANGELHO – I Cor 15.1-4; Gl 1.8

O mesmo Evangelho que aceitamos e nos salvou, será suficiente, mesmo durante o reinado do próprio Anticristo, quando os homens, feitos à imagem de Deus, terão de adorar a imagem da Besta ou morrer – Apc 13.14-15

IV - CONSIDERAÇÕES FINAIS:
Se o Anticristo conseguir fechar a boca de todos os crentes, os anjos anunciarão o Evangelho Eterno, porque ele é indispensável. O Céu será o púlpito dos anjos e o auditório consistirá de todas as nações, tribos e línguas.

A Palavra de Deus não pode ser presa – II Tm 2.9.

Se o povo de Deus for obrigado a calar, as pedras clamarão – Lc 19.40.

Será imperativo que o Evangelho seja pregado, porque levará os homens a abandonarem aos deuses falsos para servirem ao Verdadeiro Deus – At 14.15.

- “PARA SEMPRE, Ó SENHOR, A TUA PALAVRA PERMANECE NO CÉU” – Sl 119.89
| Autor: Luciano Santos | Divulgação: estudosgospel.com